terça-feira, 2 de junho de 2015

Cataventos




Li ainda há pouco um texto de um poeta brasileiro que fala sobre cataventos. A expressão é estranha para alguns e bem familiar a outros.
Sabem aquela brincadeira infantil em que dobrávamos papel e colávamos em um palito? - Não era assim, na verdade nem era uma dobradura exatamente, tá vcs venceram. Era algo fácil, ocorre que agora não lembro como se fazia, ora!
Posso ter esquecido o processo de criação, mas as cores que se misturam ao vento, as formas que pensávamos ver enquanto ele não sumia ganhando velocidade, isso nunca vou esquecer.
Genteeeeeeeee! Isso era maravilhoso, as crianças sempre queriam aqueles mais coloridos e reluzentes, feitos com papel luminoso...azuis vivos, vermelhos berrantes, tinha também os cor de vinho, amarelos, verdes, prata...tinha também os multicores, todos luminosos. Era uma aquarela esvoaçante, a gente competia, todos queriam que o seu fosse mais bonito e girasse mais rápido. 
-Aiiiiiiiiiii, quebrou!
Eram torrentes de lágrima, inconsoláveis. Não tinha jeito, pra secar essa fonte inesgotável que se propunha a banhar a rua, só outro catavento.
E lá estavam eles, catavento e o chorão, agora todo sorrisos. A dor cessava mais rápido que dor de parto quando o bb escorrega. 
Época igual nunca mais se verá, agora os cataventos são virtuais, não há mais palito e vento natural. Agora é um mouse e uma série de combinações binárias que fazem nosso catavento girar. 
Aiiiiiiiiii que saudade da festa que fazíamos com nossos brinquedinhos lá na rua da casa de mãe!

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